Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

23.04.25

Fosse assim fácil adivinhar os números do euromilhões...


a. almeida

Como antevi aqui, em 16 de Abril, André Ventura, do Chega, segundo os comentadeiros da empírica arte da análise política, perdeu os debates que se seguiram, nomeadamente o de ontem com a Mariana Mortágua do BE. Decididamente, Ventura não colhe nabos da púcara da nossa comunicação social em geral.

Confesso que não sei o que falta debater, mas mais uma vez dou o prognóstico de que voltará a perder. Está escrito nas estrelas e os comentadeiros já têm as análises feitas de véspera.

Na mesma linha, também já estou a contar que o grande debate, a final da Liga dos Campeões dos debates, entre Montenegro e Pedro Nuno Santos, com mais ou menos rodriguinhos, mais ou menos tática, mais ou menos técnica, a atribuição do vencedor já está preparada para o PNS. 

A ver vamos, porque, como dizia o João PInto, os prognósticos fazem-se no final do jogo". 

Não obstante, o que parece certo, a avaliar pela generalidade das sondagens, quem vota no Chega ou não vê os debates ou está-se a cag*r para os mesmos, o que significa que na realidade valem pouco ou nada, mas apenas como um entretenimento televisivo para quem gostar do género. Há quem se lambuze por Big Brothers e quem por debates. Gostos!

17.04.25

O IGAI é um desmancha prazeres


a. almeida

IGAI arquiva inquérito sobre operação da PSP no Martim Moniz.
A operação da PSP no Martim Moniz, em Dezembro passado, cumpriu todos os critérios legais, gerais e específicos, concluiu a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), que arquivou o inquérito, revelou o Diário de Notícias.

Mas, quem contesta ou contestou, quer lá saber da legalidade dos métodos e objectivos da operação? Quem berra, ou berrou, quer fazer-se ouvir, causar mossa e infligir desgaste a quem tem que decidir, tomar decisões e agir. Muitas das modernas manifestações contestatárias, como a que se sucedeu à dita operação policial, não são mais que isso, actos colectivos de bullying, uma reunião de rufias com gente que alinha em tudo o que seja contra o status quo. Numa democracia, há que tolerar, e tolera-se por excesso. A haver alguém a desrespeitar, as forças da ordem têm costas largas e não os manifestantes. Num outro regime, mais à medida ideológica dessa tipologia de manifestantes, haveria cacetada da grossa, detenções e penas sumárias. Mas como aqui é tudo muito soft,  com uma boa dose de politicamenbte correcto, muito dentro dos cânones da sagrada constituição, a que a comunicação social no geral dá almofada, andar por manifestações anti-sistema é uma forma de ser e estar e de coleccionar medalhas e galões para os currículos dos modernos revolucionários. Um dia, com ares de guevaras, contarão aos filhos e netos.

16.04.25

André Ventura perdeu o próximo debate


a. almeida

Tenho para mim que os debates entre os nossos líderes políticos, valem o que valem, isto é, pouco ou nada. De resto, valessem alguma coisa e o CHEGA nem a ventura de eleger o o seu líder teria. Isto porque,  invariavelmente,  os comentadeiros da nossa Rádio e TV dão-lhe sempre nota negativa. Numa analogia ao futebol, o homem já entre em campo a perder, com os árbitros já quentinhos dos bolsos, e creio que quem escreve as análises já o faz de véspera.

Não obstante, não é figura nem partido que me faça ir às urnas, mas que gosto de o ver pisar os calos aos mais politicamente correctos, gosto, porque, à sua maneira e na essência, nenhuns deles são diferentes, porque muito nivelados por baixo.

Em síntese, esta coisa dos debates serve apenas para dar combustível e assunto aos comentadeiros avençados. O povo, o que ainda tem paciência para votar, está-se a borrifar, e os que são pelo Benfica,  Porto e Sporting, hão-de sempre ser pelo Benfica,  Porto e  Sporting. 

Prognóstico para o próximo debate de André Ventura? Já perdeu!

02.04.25

Continuam a trabalhar as escavadoras


a. almeida

Pelas características do meu emprego, posso, se quiser, ouvir a qualquer hora qualquer estação de rádio. Assim, vou alternando entre Antena 1, TSF e Rádio Observador. E percebo, sobretudo nesta última, o papel a que a comunicação social actual se presta: mais do que informar o eleitorado, procura influenciá-lo e doutriná-lo sobre o sentido do voto.

Neste contexto, a linha editorial da Rádio Observador não difere muito da de pasquins como o "Correio da Manhã" e o "Público", que destacam opiniões e valorizam temas irrelevantes, mantendo a tradição de que "água mole em pedra dura tanto bate até que fura". Assim, de forma invariante, continua a novela de vasculhar a vida pessoal e empresarial de Luís Montenegro. Mesmo que, após mais uma investigação, se descubra que o primeiro-ministro cessante deu uma gorjeta à empregada de uma empresa que lhe tratou das caixilharias de casa ou comprou o seu carro num stand automóvel pertencente ao genro do arquitecto que lhe aprovou o licenciamento da churrasqueira, o "Observador" e seus habituais colaboradores, possivelmente escolhidos a dedo, aproveitam para insistir nesses detalhes, exigindo que Montenegro explique e justifique o valor da gorjeta ou o preço pago pelos extras do automóvel.

Pedro Nuno Santos, com o olho no resultado das sondagens, que o colocam com um pé fora do Rato, vai aproveitando todo o leque de suspeições, até ao momento todas sem fundamento, e continua a aumentar o volume do megafone na esperança de que alguém o ouça. 

Apesar de tudo, e aparentemente contra todas as expectativas, num contexto em que a cada dia surge mais uma "pérola" da investigação da imprensa avençada, as sondagens vão despejando baldes de água fria sobre essas mentes agitadas. Ninguém sabe ao certo o que ditarão as próximas eleições, mas é possível que o feitiço acabe por se virar contra o feiticeiro. É uma questão de aguardar. Por enquanto, as escavadoras continuam a trabalhar a todo o vapor e, pelo menos para o pessoal da Rádio Observador, já há um candidato favorito: Pedro Nuno Santos. Nem um órgão oficial do partido faria melhor.

13.03.25

O Público não investiga, apenas instiga


a. almeida

pub1.jpg

pub2.jpg

Com recortes "roubados" por aí, fica fácil perceber que o nosso jornalixo, com o Público à cabeça, não investiga, antes instiga, com ligeireza. Notícias com o verbo "terá", como probabilidade ou suposição, mostra logo ao que vem. O pedido de desculpa aos leitores e visados, depois de fazer "merda", pouco vale e não lhe acrescenta um pingo de seriedade. E quer assim vender assinaturas? 

Assim vamos indo e andando!

12.03.25

Porque fica feio dizer "etnia"


a. almeida

pub3.jpg

O recorte é de uma notícia do Observador, de 19 de Fevereiro passado. À falta de mais informações, e porque dizem que é feio escrever os palavrões "etnia" e "ciganos", somos levados a deduzir que se tratava apenas de um acampamento de escuteiros, de suecos ou holandeses, que descontraídos vieram em férias assistir à Feira do Cavalo. 

"De acordo com a PJ, a disputa começou com uma troca de palavras e agressões, culminando com os dois suspeitos a disparar armas de fogo na direção das vítimas, “atingindo-as e provocando-lhes ferimentos graves”.

Por outro lado, a descrição também nos remete para a etnia dos cowbois. O que faz sentido pois não há cowboys sem cavalos. 

Assim vamos indo!

31.01.25

Moralismo canhoto


a. almeida

bloco1.jpg

Junte-se a questão e os contornos do despedimento das funcionárias mamãs, pelo Bloco de Esquerda, e aquele ar de moralista da sonsinha da Mortágua fica ainda mais  fofinho. Isto de se pretender ser moralista quando se tem telhados de vidro ou se prega como o frei Tomás, dá nisto. 

Lá se vai a reserva de moral do BE, que, recorde-se, já havia levado um rombo com o tal de Robles. Se alguém tinha dúvidas que isto de partidos e políticos é tudo farinha do mesmo saco, ficará mais esclarecido.