E pronto! Com tão demorados preliminares, era de esperar o climax. De resto foi tudo meticulosamente planeado e realizado para esse fim. Nunca uma viagem pelo Mediterrâneo demorou tanto, nem no tempo dos fenícios, cartagineses ou romanos, mas era imperioso que o ponto de rebuçado fosse atingido, sob pena de acontecer uma ejaculação precoce.
A pseudo-flotilha humanitária, mais do tipo turístico-partidária-ideológica-activista, lá conseguiu o que realmente queria, o mediatismo, o barramento e a detenção pelas forças militares israelitas. Se em águas internacionais ou exclusivas, é irrelevante porque detidos seriam sempre. Apetece-me até dizer que alguns e algumas dos detidos até desejarão umas valentes bastonadas, porque, se a coisa fizer umas nódoas negras, serão troféus a provar a brutalidade daqueles judeus.
O resto, como propaganda, sempre foi acessório, folclórico até. Alguns e algumas vão pendurar essa medalha na sala de troféus e daqui a uns anos falarão disso, no papel de heróis e lutadores de causas, mesmo que sempre perdidas, aos filhos e netos, aqueles que, claro, conseguirem procriar.
A mim e a muitos, sempre me pareceu um activismo de treta, um entretenimento para quem faz destas teatralidades a sua vida e ganha-pão. Quanto menos adeptos conseguem arregimentar em votos, mais folclore, mais extremismo. Por exemplo, a Mortágua, de um partido de uma mulher só e sozinha, achou bem mais útil trocar S.Bento por uma traineira, não para pescar sardinhas ou carapaus, mas captar o tempo de antena e microfones. Aquele seu ar de vítima de todos os males, adapta-se ao enredo.
A realidade, goste-se ou não, concorde-se ou não, é bem diferente e faz-se por outras vias. Nunca foi nem será com este tipo de expedientes, por mais que rendam cobertura mediática, que se resolvem os problemas do mundo, quando o que está em causa é o poder, incluindo o das armas. Ademais, o activismo para ter algum efeito, tem de ser genuíno, descomprometido de agendas ideológicas e mediáticas. Não perceber isso é não perceber de coisa alguma.
Da imprensa: "Se estás a ver este vídeo, é porque eu fui ilegalmente capturado pelas forças israelitas e levado para Israel contra a minha vontade", disse o "activista" português depois da detenção.
Tudo conforme previsto. Até diria que esta mensagem terá sido gravada de véspera, ou mesmo antes do embarque no cruzeiro, porque já todos sabiam, de há muito, o desfecho.
Ridículo!