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Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

14.04.25

Seguros UNA, duna, tena catena - Nem o Trump foi tão longe


a. almeida

A história é curta e grossa: Tenho uma motorizada que conservo desde os meus 18 anos. Podia usá-la mais vezes, até porque trabalho próximo de casa, mas em rigor não circulo com ela e apenas pelo Verão faço meia dúzia de quilómetros nas ruas da freguesia para lhe aquecer o motor.

Para não arriscar a circular sem seguro, tenho tido um em dia e no ano passado, alguns amigos diseeram que estava a pagar demasiado e assim, mudei de companhia e dos 42 euros, com as mesmas condições de cobertura e garantia, passei a pagar 17,00 euros na UNA Seguros.

Recebi hoje o aviso de pagamento para pagar a nova anuidade no valor de 76,73 euros. Ou seja, um aumento de 351,35%, sendo que sem qualquer episódio de acidente que pudesse justificar algum agravamento.

Como hoje não é o dia 1 de Abril, pedi esclarecimentos ao intermediários e à própria companhia e ambas confirmaram o valor, com a UNA a justificar "dando seguimento ao seu contacto, informamos que o aumento da sua apólice é devido de um aumento de tarifas que a Una seguros fez sobre os seus produtos automóveis.
Lamentamos, mas não podemos apresentar outro prémio para a anuidade de 2025".

No aviso de pagamento, como factores com influência na variação do prémio, indica:
Sinistralidade do mercado: 7,52%
Inflacção: 7,48%
Capital Seguro: 0%
Fiscalidade/Parafiscalidade: 0%
Outros: 336,35%

O que não tem enquadramento legal, aparece como"outros", ou seja, dá para tudo, incluindo para a pouca vergonha.

Mesmo a taxa de inflacção está obviamente exagerada. A previsão para 2025 é menos de metade do valor apresentado e para 2026 não deverá ser muito diferente.

Nem sei que dizer, porque para melhor me exprimir tinha que ser grosseiro e mal-educado, e tratar mal as mãezinhas daquela gente, mas de facto, 351,35% de aumento de tarifas, nem o Trump contra a China. Absurdo!

Arrisco-me a dizer que se o aumento das tarifas for assim para todos os clientes, a UNA ficará sem carteira de clientes.  Nem sei se é um aumento com cabimento na lei, mas é caso para expor à entidade que regula os seguros. Pelo sim, pelo não, reportei o assunto à ASSF.

03.04.25

Intranquilidade


a. almeida

Há quase um ano partilhei aqui uma arrelia com a política de seguros da empresa Tranquilidade.

Na altura tratava-se da renovação de um seguro de motorizada. Agora a mesma falta de respeito e decoro, da mesma companhia, com o seguro de bicicleta. De facto, a pagar mais de 50 euros, na renovação de um seguro com uma dúzia de anos e sem qualquer acidente, é proposto um aumento, sendo que para um novo tomador do mesmo seguro e mesmo com melhores condições, o preço fica bem abaixo dos 40 euros.

Esta situação foge da compreensão de qualquer lógica, incluindo a valorização de um cliente sem episódios de acidentes. É mesmo caso para os mandar para para aquele sítio abaixo de Braga. Infelizmente, as opções no mercado não são muitas até porque das companhias que por aí polulam, das que disponibilizam seguros de velocípdes, várias já pertencem ao universo da Tranquilidade, como a Logo.

Vão longe os tempos em que as empresas valorizavam e respeitavam os clientes, a sua fidelidade e premiavam o registo impoluto de episódios de acidentes. Hoje em dia a lógica é meramente empresarial e os clientes são apenas números. Não há volta a dar.

06.06.24

Tranquilamente, na boa!


a. almeida

Bem sabemos que muitas vezes a lógica de funcionamento de certas coisas, serviços incluídos, é a chamada "lógica da batata", isto é, sem critérios ou pelo menos de forma injustificada, resultando daí, não raras vezes, paradoxos.

Feita a introdução, vamos a um caso concreto: Tenho uma motorizada (ciclomotor), já com teias de aranha, adquirida quando completei dezoito anos, no tempo em que os filhos se queriam bicicleta ou motorizada tinham que trabalhar e ganhar para tal, porque dos pais nada se esperava de prendas. E já nem falo em comprar carro, porque por esses tempos mesmo um chaço custava os olhos da cara.  Adiante!

Entretanto deixei de a utilizar, mas há uma meia-dúzia de anos, decidi recompô-la para matar saudades ou mesmo para não a deixar enferrujar, decidido a dar umas pequenas voltas, principalmente no Verão. Ora para tal fiz um seguro de responsabilidade civil, no caso na Tranquilidade. A coisa começou com um preço acessível mas mesmo sem qualquer acidente, todos os anos foi aumentando o valor. 

Recebi agora a nota de renovação, num valor de 41,43 euros, nem mais nem menos. Todavia, entre amigos também com seguros para o mesmo tipo de veículo, verifiquei que estava apagar um valor alto quando comparado com outras seguradores, e com as mesmas condições de cobertura. Por recomendação pedi então um orçamento a uma conhecida mediadora de seguros online e deram-me duas opções para o mesmo seguro e condições de responsabilidade civil e assistência em viagem: A opção com a UNA Seguros, por 29,00 euros e, pasme-se, a mesma Tranquilidade por 33,33 euros.

Contactei a seguradora fazendo notar a situação e disparidade e foi-me respondido, de forma curta e grossa, que já usufruía de todas as promoções e vantagens comerciais e por conseguinte não poderiam baixar o valor. Ok, tranquilo! Menos um cliente para a Tranquilidade.

Acabei, pois, por subscrever o UNA Seguros, por apenas 17,00 euros, porque optei por prescindir da Assistência em Viagem já que na realidade as voltinhas na minha motorizada, são isso mesmo, voltinhas, poucas, curtas e ao perto.

Mas ainda como paradoxo, depois de anular o seguro na Tranquilidade, em que pagaria os tais 41,43 euros, por conselho, poderia na tal mediadora voltar a subscrever na Tranqulidade por apenas 33,33 euros.

Oram digam lá, se vos apetecer, se isto não é um paradoxo, ou contra-senso, e simultaneamente, um desrespeito para com os clientes?  Mas, ok, paradoxo ou desrespeito, dirão que é resultado de estratégia comercial, marketing, jogo de promoções, condições de revenda, margens de lucro, etc,etc, mas na realidade, perdoem-me o termo bem português,  considero que é apenas uma filha-da-putice em que um cliente de anos não é o senhor Manuel ou a senhora Maria, mas um mero número de contribuinte, um anónimozeco qualquer, que se descarta por dez réis de mel coado.

Percebo que isto, para uma grande companhia de seguros, são amendoins, mas por tão pouco fica muito mal na fotografia.