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Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

08.10.25

Portugal Football Globes, no país dos parolos


a. almeida

Da imprensa: "Realizou-se, na noite de terça-feira, a primeira gala do Portugal Football Globes, evento organizado pela Federação Portuguesa de Futebol que contou com a presença de as mais altas figuras do futebol nacional, bem como do futebol de praia e do futsal."

Não, não foi na Inglaterra, Estados Unidos, Austrália ou Nova Zelândia. Foi mesmo em Portugal, com e para portugueses. Logo esta designação de "Portugal Football Globes", e com outros inglesismos à mistura, é de um parolismo e provincianismo no pior sentido. Que os imigrantes sejam cada vez mais e de forma descontrolada, e ainda agora uma leva deles que por cá haviam entrado por mar ao arrepio da legalidade, já estão soltos, e andam por aí a fazerem o que bem lhes apetece, suportados pela Segurança Social, já se sabia, mas que isto já seja uma república das bananas com o inglês como língua oficial, ainda faltam uns passos. Não muitos, mas faltam!

Mas é isto que temos, mesmo que choque este parolismo, esta desconsideração à língua de Camões, de Pessoa e Saramago. 

06.10.25

A flotilha do ridículo ao cubo


a. almeida

Está mais ou menos terminada a novela da flotilha mediática. Os "heróis e heroinas", chegaram sãos e salvos (sabe-se lá com despesas pagas por quem). Por mim podiam ficar por lá a activar.

Na parte que toca aos turistas portugueses, decorreu e acabou exactamente conforme programado, para os próprios, e rigorosamente conforme previsto para quem esteve de fora. Nada, nada, no mais ínfimo pormenor, se desviou do roteiro, nem as queixinhas de  "fome e sede" que aquelas pobres criaturas dizem ter passado.

Fosse assim fácil adivinhar o resultado do euromilhões e o primeiro prémio daria apenas 1 euro a cada premiado, de tão previsível.

Sem mais delongas, o resultado foi ridículo, ridículo, ridículo. Não menos ridículo do que isso, a imensa cobertura mediática dada à novela, numa prova provada que a nossa CS também deveria ir a votos e ser reduzida, democraticamente pelo eleitores, à sua insiginificância.

Siga, que ainda há sumo para espremer! Arme-se já uma flotilha terrestre para ir para Moscovo reclamar pela injustificada invasão de um país livre, para Tiananmen, em Pequim, a manifestar contra o desrespeito pelos direitos humanos e falta de democracia, ou logo acima, na Coreia do Norte, a vociferar pela ditadura medieval do Kim. Bóra lá!.

02.10.25

Os partidos a darem música


a. almeida

Constato, ouvindo pela Rádio Observador, que no tempo de antena concedido aos partidos concorrentes às eleições autárquicas, vários partidos, da esquerda à direita não aproveitam os mesmos, não facultando os conteúdos. Ora a Rádio, porque naturalmente lhes interessa manter o espaço porque recebem, passa música para entreter tolos. Já o hino da IL, em vez de algo mais substancial, é oportunidade para ir à casinha aliviar a tripa. Só pode ser gozo!

Vai mal a coisa, desperdiçando o Estado verbas para estas merdices, mesmo palhaçadas. Era acabar com os tempos de antena e pelo menos alguma coisa se poupava. Para além disso, acabava-se com  estas desconsiderações para com os ouvintes e eleitores.

Se as rádios locais recebem 14,80 euros por minuto, certamente que de âmbito nacional a coisa pia mais fino. 

Atentos aos valores pagos pelo serviço para as Legislativas de Maio passado, percebe-se que a coisa não fica propriamente barata aos contribuintes: Veja-se e pasme-se:
Rádio e Televisão de Portugal 79,67 mil euros, à Rádio Comercial 255,13 mil euros e à Rádio Renascença 319,75 mil euros, valores aos quais se aplicam taxas e impostos.

29.09.25

Lá se foi a Dina - Fica o enchimento de chouriços e entretenimento de reformados


a. almeida

Bem sei que a idade não se compadece com o profissionalismo e por isso a conhecida Dina Aguiar, de 72 anos de idade, e 47 de carreira, deixa a RTP e o seu lugar de pivô no excelente programa "Portugal em Directo". De resto este vai mudar de nome, esperando eu que não signifique desvios da linha editorial e objectivos.

Bem sei que contou a idade e uma certa justificação de "renovação". Dizem que também o ordenado, o que não deixa de ser ridículo face ao que por ali se gasta com menos substância. Pergunto eu quanto não paga a estação dita pública naqueles cozinhados diários, a chefes, a canários, a malhoas, a zés amaros e companhia, quase por ali residentes, no que dizem ser a praça da alegria?

Podia aproveitar a RTP o balanço da foice e terminar com os monos e programas de encher chouriços como "O Preço Certo" e o "Praça da Alegria", e outros mais do género. Bem sei que têm audiências, sobretudo o concurso onde se dá prémios mesmo sem qualquer mérito de acertar nos desafios (-Está errado ou está errado?), mas para um serviço público e para o qual também pago na justa medida, não pode valer tudo. Não está em causa a qualidade do Fernando Mendes para o lugar, mas é de facto tempo a mais para um programa e que já nada acrescenta, para além de um entretenimento oco. Um serviço de televisão pública tem de ser bem mais que isso. Para isso, existem as outras estações.

Temos assim programas e figuras que se perpetuam, intocáveis. A inovação e renovação são, assim, eufemismos que em rigor nada significam. É o que temos e mais valia entulhar esse poço de despesismo público.

Em todo o caso, a minha opinião vale zero. Só me dou ao trabalho destes reparos por ser contribuinte da coisa. Não fora isso e a preocupação também seria zero, bola. 

Dina, até amanhã, se Deus quiser! Deus até quereria, mas não te quiseram o Vitor Gonçalves e companhia. Temos pena, é a vida!

24.08.25

Na glorificação da selvajaria


a. almeida

Li algures que morreu um forcado em contexto de tourada, colhido durante uma pega, bem como uma pessoa que assistia depois de se sentir mal com  a cena. Lamento, concerteza que sim, ambas as mortes, mas não mais do que isso. Quem vai à guerra dá e leva e quem ainda insiste e persiste em participar activa ou passivamente nestes espectáculos deploráveis, onde se glorifica a selvajaria gratuita sobre um animal nobre, não pode esperar grandes consternações.

Apesar de tudo, continua esta imoralidade e não falta quem se deleite a assitir ao sofrimento animal. Triste de mais.

 

11.08.25

Juízes, os verdadeiros senhores


a. almeida

Vamos mal, parece-me, que algumas das importantes decisões sobre o país, nomeadamente sobre aspectos de regulação da imigração, caibam a um grupo de juízes que não são eleitos nem escrutinados pelos portugueses, sobrepondo-se à vontade política legitimida por eleições. Ademais, defensores, divididos, de uma Constituição do tempo das calças à boca-de-sino, sapatos de tacão alto, de patilhas e cabelos compridos.

Em resumo, pouco ou nada valerá que a maioria do eleitorado, democraticamente, legitime propostas e programas. Há-de-haver sempre juízes que se sobrepõem a esses desideratos.

No entretanto, a ilegalidade continua a dar à costa algarvia. Já que cá estão, promova-se o ajuntamento familiar . Os senhores do Palácio Ratton estarão de acordo.

30.07.25

Imprensa de palha


a. almeida

jornalismo de palha.jpg

Nos meus tempos de criança, enchia-se um colchão com palha. À falta de outras coisas fofas, com substância, era a solução. Hoje em dia, também há palha, e muita, nomeadamente na nossa televisão, no nosso jornalismo, na nossa imprensa. Jornais para serem lidos na retrete, que não se coíbem de enfeitar o espaço nobre de um título com uma minudência social, como que um aperitivo a aguçar o "apetite" por mais palha, que virá numa página interior.

A burros dá-se palha, mas, pelos vistos, também aos leitores.