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Diário de quem já não vai para novo

...porque as palavras são a voz da alma.

Diário de quem já não vai para novo

...porque as palavras são a voz da alma.

19.11.24

Serenidade


a. almeida

Corre em mim um rio manso
Na planície suave da alma,
Onde há uma brisa a soprar;
Como ele corro e não canso,
Deslizo nele em plena calma,
Na aceitação plena do mar.

Na tarde que se faz dourada
Há um silêncio de céu aberto
Num azul profundo mas suave;
Deseja-se só a paz, mais nada
Para além do ficar mais perto
Do colo materno que se abre.

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