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Diário de quem já não vai para novo

...porque as palavras são a voz da alma.

Diário de quem já não vai para novo

...porque as palavras são a voz da alma.

21.02.24

...E o burro sou eu?


a. almeida

Tal como J. Rentes de Carvalho se mostra surpreeendido, apesar da sua bonita e longa idade, também eu, mais jovem mas com igual surpresa, sinto que o bom povo português não é mesmo de mudanças em relação aos pulhas que ao longo da nossa História têm tratado da res publica, as coisas de todos nós, invariavelmente como se fossem suas.

Andamos, pois, para aqui entretidos, a fazer de conta que desde o 25 de Abril de 1974,  50 anos volvidos fossem suficientes para carrilar a carruagem que desde a implantação dessa coisa fenomenal da república tem andado descarrilada. É certo que a coisa por algum tempo até chegou a andar nos eixos mas o povo gosta mesmo de ser livre e antes livre e desgovernado que o contrário. 

Ainda sem surpresa, vamos assitindo e a fazer de conta que esta gente que tem como profissão a política, nela desde pequeninos, netos de sapateiros, de doutores e engenheiros, tem um despretencioso interesse em ajudar os outros no caminho do progresso, a prometer promessas nunca cumpridas.

Andamos todos interessados a assistir a debates de todos contra todos como num torneio de futebol e a dispensar ouvidos e olhos a comentaristas e analistas avençados a darem notas como se a coisa fosse um concurso do Sequim d'Ouro, a decidirem qual dos meninos tem melhor ouvido e voz afinada.

Em resumo, mais coisa menos coisa, vamos andando embalados, sempre à espera de grandes feitos, mas, na realidade, apenas neste permanente rame-rame.

Como dizia o inefável Scolari; ...E o burro sou eu?

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