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Diário de quem já não vai para novo

...porque as palavras são a voz da alma.

Diário de quem já não vai para novo

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21.02.24

Campo inclinado


a. almeida

Terminadas as rondas, quanto à prestação dos comentadores, analistas, opinadores e afins que tiveram a divertida tarefa de pontuar o desepenho dos políticos nos debates, e no que toca à apreciação de Pedro Nuno Santos face aos demais adversários, é como colocar o Manuel Serrão, o Rodolfo Reis e o Jorge Amaral e analisar o F.C. do Porto. Claro que poderia arranjar exemplos com o mesmo sentido para o Benfica ou Sporting, realçando em ambos os casos o clubismo ou a clubite com que se encara estas coisas. Dito de outra forma, mais bucólica, é como pôr raposas a vigiar os galinheiros.


Claro que pelo meio, em "jogos" ditos de treino ou para aquecer, lá baixam a fasquia com ares de isenção e até são capazes de conceder um empate ou mesmo uma derrota em penalties, que nunca fica mal, porque a modos de lotaria. Mas quando o oponente é o rival de sempre, quem está a morder os calcanhares na classificação e a ameaçar o lugar cimeiro, aí a coisa pia mais fino e há que puxar pelos galões e toca a varrer a isenção para debaixo do tapete.


Já alguém o escreveu, e concordo, a ser assim, com um indisfarçável posicionamento ideológico, seria bom para bem do equilíbrio que chamassem ao serviço analistas também conotados com as franjas mais à esquerda ou à direita, para servirem de contra-balanço. É que não sendo assim, o AV e o Chega, por mais bem que esteja em termos de debate, nuncá vai chegar à baliza  do lado oposto de tão inclinado que está o campo.

Bem sabemos com que linhas se cosem estas coisas das televisões e seus posicionamentos de opinião face ao sistema, ao regime, mas não ficaria mal um pouquinho mais de equilíbrio, como quem diz, menos descaradeza.

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