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Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

Diário de quem já não vai para novo

...e sem paciência para seguir o rebanho.

24.07.24

Abrir ou fechar a porta


a. almeida

Creio que por ontem, deixei um comentário num post em que a autora dizia ser o primeiro que escrevia e que até mereceu da plataforma um destaque. Nada mal para um primeiro post. Uma cavadela, uma minhoca.

A propósito, confesso que nunca percebi os critérios dos "destaques" e talvez por isso é pouca a importância que lhes dou. Se mereci algum, nem me apercebi. De resto, do pouco que consigo descortinar, deve ser de ondas, sendo que, parece-me, há temas bandeira. Por exemplo se escrevesse aqui positivamente sobre uma marcha de orgulho LGBTQQICAAPF2K+XYZ+ABC+, um artigo a desancar no Chega ou a partilhar a receita de um bolo de diospiro,  ou aquela viagem que nunca fiz fora de Portugal, provavelmente seria merecedor de um destaque.  Talvez, mas isto sou eu a especular.

Mas como não sigo tendências e até admito que o palato dos leitores não está habituado aos sabores ácidos com que, reconheço, polvilho as minhas pobres considerações, não posso aspirar a grandes plateias. Na gíria do negócio, para isso resultar teria que mudar de ramo, ou de galho conforme o macaco.

Mas dizia, que o post inicial gera sempre essa "ansiedade" e daí a expressa pela autora. E respondi que esse era sempre importante porque o primeiro passo de uma caminhada e que pela minha parte, em oposição,  já estou a pensar em quando tomarei a decisão de publicar aqui o último, ou pelo menos o último a anteceder uma pausa que poderá ser até ao fim das férias, como até à véspera do Natal, da Páscoa, do Dia de Camões ou do S. Nunca. Talvez num destes dias.

É que isto de escrever, mesmo que com prazer, cansa, para além de que, convenhamos, tirando uma dúzia de espaços bem cimentados na qualidade e no tempo e, vá lá, nos tais "destaques",  regra geral é escrever para meia dúzia de acidentais visitantes, quase como na maioria das plateias dos nossos teatros em que se contam pelos dedos das mãos, e quando muito juntos os dos pés, os que se dignam a pagar bilhete para assistir. Num blog, todavia, a coisa é pior porque é tudo servido à borla e nem assim...

Mas vamos indo e andando e tendo em conta que nada é eterno e a experimentação faz parte do progresso, para além de que a diferença entre o abrir e fechar uma porta é apenas no sentido em que se roda a chave. Tão simples!

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